Autor: Romeu Gomes Em: 23-10-2022 22:22 Tempo de Leitura: 4 min
Códigos de barras são uma representação gráfica em formatos de barras contrastantes (cores claras e cores escuras) que são fácilmente inteligiveis por equipamentos eletrônicos e que identificam uma sequencia numérica ou alfanumérica (em alguns formatos), de maneira a permitir que os computadores possam de maneira inequivoca identificar um determinado produto ou item.
Para garantir a interoperabilidade desses sistemas de identificação, foram criados diversos formatos e especificações de formatos, para que possa existir a compatibilidade entre leitores, impressoras e identificadores humanos (pessoas) todos os padrões são abertos e amplamente divulgados e distribuídos.
Os códigos de barras foram inventados na década de 50, porém, passaram a ser usados comercialmente na década de 70, devido justamenta ao amplo uso comercial que os computadores passaram a ter. O funcionamento é simples, o leitor emite um raio vermelho que percorre o código de barras, onde houver uma barra escura a luz é absorvida, onde a barra for clara, a luz é refletida de volta. Estes dados capturados pelo leitor são enviados para o computador que faz a conversão deles para os números ou letras que estão representadas no código.
Estamos muito acostumados a ver o código de barras estampado nos produtos dos supermercados e em todas as outras atividades de varejo, esse código segue um padrão, conhecido como EAN-13 ou GTIN-13. O código EAN é um padrão europeu (European Article Number) e é usado no mundo todo. Porém, existem outros padrões que podem ser usados e tem propósitos diferentes.
GTIN ou EN-13
O padrão EAN-13 também chamado de GTIN é amplamente usado pelo grande varejo, é um código que devido ao seu tamanho, permite o controle de milhões de produtos, este é o formato de códigos mais amplamente utilizado, e é justamente ele que a grande maioria das lojas utiliza para fazer a gestão e o controle dos seus estoques.
Como ele é um padrão da indústria, você pode importar os códigos para seus sistemas de gestão e ERPs, caso seus produtos tenham estes códigos pré impressos em suas embalagens, evitando ter que recodificar dezenas ou milhares de produtos. Você também pode adquirir lotes únicos de códigos, que podem ser importados também para seu software e imprimi-los nas embalagens ou etiquetas para facilitar a identificação das suas vendas e o controle dos seus estoques.
As lojas de varejo, e marketplaces usam este controle para identificar na conta dos vendedores quais os produtos foram vendidos e gerarem informações que podem ser intercambiaveis com os sistemas de gestão e hubs integradores, permitindo por exemplo que um software integre diversos SITES ou SISTEMAS e faça a gestão unificada por exemplo de preços, e estoques.
Este tipo de código deve ser único, para cada item ou seja, se você possui digamos um produto que pode ser vendido em 5 tamanhos, cada tamanho dever ter um único código atribuido a ele.
DUN-14 ou EAN-14
São um acrescimo de 1 digito ao formato anterior, seu principal objetivo é controlar itens em nível industrial, ou que permitam fracionamento. Digamos que você é fabricante de roupas, e fornece camisetas básicas para serem estampadas, na cor branca, com tamanhos P e o código dela é 1000000000016 um código EAN-13 único. Porém, no atacado, você vende caixas com 12 unidades, 50 unidades e 100 unidades. Então, para facilitar a gestão do seu estoque, você tem nas caixas os códigos:
Caixa com 12 unidades: 1100000000001
Caixa com 50 unidades: 2100000000001
Caixa com 100 unidades: 3100000000001
Onde os números 1, 2 e 3 representam o sequencial de agrupamento do item ou o tipo de unidade logística que está sendo empregada para o Sabonete Maçã. Onde 1 é a caixa com 12 unidades, 2 é a caixa com 50 unidades e 3 é a caixa com 100 unidades. A quantidade de cada produto dentro de uma caixa de distribuição é determinada pelo fabricante e não precisa seguir o exemplo apresentado acima. No entanto quando um fabricante criar uma representação de GTIN 14 para um determinado produto este precisa ser anunciado aos seus distribuidores para que estes possam carregar suas bases de dados com este novo código, de modo que uma caixa ao chegar ao seu depósito e esta for lida pelos seus equipamentos de decodificação de código de barras seja possível verificar a quantidade de cada produto que está dando entrada em seu depósito.
Ao contrário de que muitos falam o Sequencial de Identificação da Unidade Logística tem valores de 1 até 8. O que significa que cada produto pode ter até 8 agrupamentos de distribuição. Este código não é usado no VAREJO, dai, ele deve ser impresso nas caixas de produto, e tem como objetivo somente a gestão logística e a transformação ou fracionamento no PDV.
CODE39
O padrão code3/9 é amplamente usado pela cadeia logística internacional, para rastreamento de mercadorias, algumas variações deste código são usados por empresas de correios. Ele permite o uso de 43 simplolos, ou seja, além de digitos numéricos, as barras representam também Letras de A até Z, digitos de 0 até 9, e também os caracteres (-) travessa ou sinal negativo, (.) ponto, ($) simbolo de moeda, (/) barra separadora, (+) sinal de positivo, (%) sinal de percentil, ( ) espaço em branco. Este código é mundialmente usado pela indústria automotiva para identificação de peças. Pelas transportadoras internecionais, correios e sistemas logisticos integrados.
Seu código pode possuir de 1 a 39 digitos, possibilitando muitas variações, e acomodando muitos tipos de identificação diferentes. Uma variação dele, permite que a cadeia de 39 caracteres seja extendida a até 93, permitindo por um uso mais amplo. O código 93 e suas variações é usado por diversas entidades governamentais para identificação de documentos fiscais. No Brasil, as NOTAS FISCAIS ELETRONICAS usam uma variante deste código, que permite somente as representações dos digitos 0 a 9 (numéricos) e em uma cadeia de 44 caracteres.
O uso do código de barras é extremamente difundido no varejo, tanto para a identificação de um item e dos seus estoques como para manter dados fiscais ou cadastros intercambiaveis entre diferentes sistemas de informática e logistas em geral.
Seu uso tem sido intensificado tanto na nota fiscal eletrônica, quanto no cupom fiscal eletrônico. No XML da NF-e e NFC-e é possível enviar o GTIN como sendo uma das informações do produto. Atualmente a validação do XML é feita apenas baseando-se no dígito verificador do GTIN. Essa validação é feita apenas se esse código de barras for enviado junto com o XML.
Não existe ainda uma verificação para saber se o código informado pelas empresas no documento eletrônico é válido para o ramo de atividade daquela empresa. Desde 2017, a SEFAZ vem fazendo os registros dos códigos GTIN enviados pelo contribuinte, em um BANCO DE DADOS, que armazena o que foi chamado de CCG.
O CCG é um banco de dados que contém um número reduzido de informações dos produtos com códigos de barras enviados, e o CNPJ da empresa, de modo que, é possivel eles atrelarem mesmo os códigos SKU (usados pelas empresas não fabricantes) para também auxiliar na identificação e troca de dados entre os produtos.
#códigos de barras # codigo de barra # ean # sku, barcode, codabar, postnet,
Este artigo teve 881 Visualizações